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5 motivos para crianças se exercitarem

E não, as aulas de educação física não são suficientes para os pequenos gastarem toda a energia que têm

09/10/2020Tempo de leitura: 5 mins

Por: Maria Cecília Arra

Motivos para crianças se exercitarem

Criança precisa fazer atividade física? Sim – e muito! A lista de benefícios é extensa: menor risco de desenvolver depressão, prevenção da obesidade e noites de sono mais tranquilas são apenas alguns deles. Selecionamos 5 motivos para crianças se exercitarem com regularidade. 

5 motivos para crianças se exercitarem

Confira o que algumas pesquisas e especialistas falam sobre a introdução à atividade física logo na infância e como esse hábito pode ajudar as crianças ao longo de suas vidas.

1. Fazer atividade física na infância e na adolescência impacta na saúde mental  

A associação entre atividade física e menor risco de depressão, também identificada em adultos, pode ser aplicada às crianças. É o que diz um estudo publicado na revista internacional The Lancet Psychiatry: manter-se ativo melhora a saúde mental à medida que envelhecemos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram dispositivos que mediam a atividade de adolescentes com idades de 12, 14 e 16 anos. Desse modo, eles conseguiram capturar dados mais próximos da realidade. Fazer tarefas domésticas, por exemplo, entrava na conta como “exercício leve”. Os jovens tiveram uma queda na performance total de atividade com o passar da idade, principalmente por conta da diminuição dos exercícios mais brandos. Apesar disso, houve impacto na saúde mental: aos 18, os adolescentes menos sedentários também sofriam menos com depressão. 

“No consultório, temos observado crianças ganhando mais peso por causa da falta de exercício físico. Elas, de fato, estão mais paradas”, comenta o pediatra Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Academia Americana de Pediatria. Aliás, não é difícil deduzir que o tempo em frente a celulares, tablets e computadores tem grande parcela da culpa pelo sedentarismo na infância. A tendência, observada por médicos de todo o mundo, acendeu o sinal de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu orientações para pais em relação à interação das crianças com as telas: nada de celular, televisão ou outras aparelhos eletrônicos até completarem 1 ano. Depois, até os 5, não deve ultrapassar uma hora por dia. O mesmo vale para os maiorzinhos, diz Nelson Ejzenbaum: “Não é recomendado que elas passem mais de duas horas livres nos dispositivos”.

2. Os exercícios ajudam na prevenção da obesidade (na infância e na vida adulta) 

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a atividade física para crianças contribui para o enfrentamento da obesidade infantil por, pelo menos, três motivos: primeiro, porque previne a obesidade infantil e doenças relacionadas a ela; em segundo lugar, jovens ativos tendem a se tornar adultos ativos, o que aumenta o gasto energético durante toda a vida e, por último, crianças e adolescentes que se movimentam têm menor chance de desenvolver obesidade depois de crescidos.

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Foto: Shutterstock

De acordo com a OMS, a recomendação de atividade física para crianças de 2 a 5 anos é de, no mínimo, duas horas por dia (600 minutos por semana). Para adolescentes, o indicado é de, pelo menos, uma hora por dia (300 minutos por semana). Infelizmente, no Brasil a realidade está bem distante do ideal. Segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, em 2015, 65,6% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental não atingiram os 300 minutos de atividades por semana. Mas, então, como mudar essa realidade? Em casa. “A aula de educação física não basta. Os pais precisam incentivar a criança a praticar esportes, brincar, correr atrás de uma bola, ir para o clube”, instrui o pediatra.

Para Diego Villalobo, educador físico do departamento técnico da Smart Fit, tirar os filhos do sedentarismo passa por encontrar a atividade certa – a que eles gostam. “O ideal é apresentar atividades que façam as crianças se interessarem, sem imposição. Afinal, você não quer que ela crie desgosto pela atividade física”, sugere. 

Enquanto se exercita, mesmo que de maneira indireta, seu filho mantém a obesidade a uma distância segura e aprende a desenvolver habilidades que vão ajudá-lo a ser um adulto mais feliz.

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3. Atividade física aprimora o rendimento escolar de crianças e adolescentes

Se a atividade física é conhecida por aumentar as funções do corpo e do cérebro, então não é de se admirar que também possa ajudar as crianças se saírem melhor na escola. Segundo dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, os pequenos ativos fisicamente têm melhor desempenho acadêmico quando comparados aos sedentários.

As evidências disponíveis ainda sugerem que matemática e leitura são as disciplinas mais influenciadas pela atividade física, porque demandam funções cognitivas básicas relacionadas à atenção e à memória – que, por sua vez, são aprimoradas pela atividade física e maior aptidão aeróbica.

4. Crianças dormem melhor quando fazem exercícios físicos 

As noites maldormidas são uma das principais reclamações dos pais de crianças pequenas desde… sempre. Mas, para além da fase de amamentação, a dificuldade em regular o sono acarreta muitos outros problemas, entre eles, um maior risco de obesidade. É aí que a atividade física se torna fundamental: é se exercitando que as crianças vão desenvolver o sistema cardiorrespiratório adequadamente e gastar energia acumulada, favorecendo o descanso mais tarde. Um estudo mostrou que quanto mais tempo as crianças passam praticando atividades físicas, maior a probabilidade de adormecerem mais rapidamente. Além disso, atividades moderadas, como caminhar, também foram associadas a um sono de melhor qualidade.

5. A atividade física pode ser um momento para fortalecer laços entre pais e filhos

Verdade seja dita, os laços afetivos são indispensáveis para que as crianças e adolescentes cresçam saudáveis. E não há oportunidade melhor para isso do que durante a prática de esportes ou brincadeiras ao ar livre: reserve um momento para praticar atividade física com a criançada – que tal um passeio no parque, na praça, uma brincadeira com bola ou um passeio de bicicleta aos sábados? Diego Villalobo completa: “Criança precisa ser criança, ela precisa brincar, se divertir e se sentir confortável”. Em resumo, o importante é tornar os dias da família mais ativos e saudável. Sem contar que seu exemplo é um incentivo e tanto para que seu filho se mantenha ativo pelo resto da vida.

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