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Com disciplina na academia, ela se tornou fisiculturista

A paulistana Mayara Martins conta como descobriu a paixão pelo bodybuilding

11/12/2020Tempo de leitura: 4 mins

Redação Por: Redação

Mayara Martins, fisiculturista

Em horário comercial, a paulistana Mayara Martins, 28, trabalha em uma corretora de investimentos. Após às 18h, ela dá duro na segunda jornada: malha intensamente para cultivar o shape de atleta de fisiculturismo. “Comemoro cada evolução do meu corpo”, nos diz, orgulhosa. A seguir, Mayara conta o que a levou para a academia ainda na adolescência e como descobriu a paixão pelo bodybuilding.

“Eu comecei a treinar com 17 anos. Explico: eu era muito magra e isso me incomodava bastante. Na escola, sofri todo tipo de bullying que uma adolescente de pernas finas poderia sofrer. Deixava para desabar em choro quando chegava em casa. Por causa das piadinhas, acabava me privando de coisas simples, como usar saia e vestido.

Musculação para ganhar confiança

A alternativa para me deixar mais confiante veio através do meu irmão mais velho, Rogério, que sempre foi ligado em esportes. Foi ele quem sugeriu que eu começasse a praticar musculação. Ao ouvir o discurso de que a prática tinha potencial para me fazer ganhar massa, me interessei. E, confesso, foi amor ‘ao primeiro treino’.

Passei a praticar musculação perto da escola, mas não pensando em fisiculturismo. Ia com o intuito de me cuidar. Foi só em 2019, dez anos depois de pisar pela primeira vez em uma academia, que essa história começou.

Para contextualizar, devo dizer que gostava de acompanhar o mundo do bodybuilding. Além disso, sou extremamente disciplinada – tanto que, há uns anos, tive de buscar um local que atendesse minha vontade de treinar de segunda à segunda. Cheguei à Smart Fit por conta dessa conveniência. Sábados, domingos e feriados, lá estava eu, pronta para suar o top. Minha rotina de treinos regrada chamava a atenção das pessoas. Alguns me questionavam: ‘por que você não parte para um concurso de fisiculturismo? Disciplina de atleta, você já tem’. Fiquei com a ideia martelando na cabeça. Eu precisaria me adaptar, obviamente, mas resolvi encarar, sem muita convicção de que daria certo. 

Atleta de fisiculturismo

Minha imersão no fisiculturismo foi completa. Por conta própria, fui atrás de informação: seguia atletas que me inspiravam nas redes sociais, assistia a vídeos relacionados a bodybuilding, lia a respeito. Nessa busca, me deparei com o trabalho de um treinador que me impressionou muito. Com a ajuda dele, pensei, vou chegar onde quero. Entrei em contato, mas havia uma lista de espera para virar aluna dele. Tive paciência para esperar e conseguir a vaga. 

Além da ajuda profissional, era necessário também definir onde eu me encaixaria, onde iria competir. Dependendo dessa escolha, haveria uma abordagem de musculação e dieta diferente. Decidi que disputaria a categoria bikini. Nela, as mulheres devem apresentar uma beleza natural com os grupos musculares firmes, bem definidos, mas com baixo percentual de gordura e sem volume muscular. Precisei trabalhar glúteo, ombros e senti uma transformação completa. Mas, o mais importante, talvez, tenha sido a mudança de mentalidade. Eu tinha de acreditar que o meu esforço seria recompensado.

Competições e títulos

A primeira competição já tinha data marcada, maio de 2020. Como você deve estar imaginando, a pandemia adiou a minha estreia. Com as academias fechadas, me virei como foi possível. Eu não poderia, simplesmente, parar de me exercitar. Então, usei sacos de arroz, garrafas de água, pesos que comprei pela internet.

O début pra valer veio em novembro de 2020. Fiquei tão nervosa! O dia da competição é especial: damos início fazendo a pintura corporal, para que as luzes intensas que recebemos dos holofotes ressaltem os músculos; depois, cabelo e maquiagem. No backstage, as participantes aguardam o desenrolar do concurso descansando ao máximo. Só próximo à hora de entrar no palco é que aquecemos. Nesse dia, fui avaliada três vezes. Em uma delas, fiquei no top#3. Nas outras duas, no top#2. A sensação foi indescritível, parecia que eu finalmente tinha encontrado meu lugar no mundo, meu propósito de vida. Foi uma tremenda conquista e eu queria mais.  A partir daí, me dediquei a aprimorar meus “pontos fracos”, com ajustes na rotina de treinos e no cardápio. A próxima disputa ocorreria no mês seguinte.

A preparação me deixou confiante e se materializou em resultado: no meu segundo concurso, o Mr. Santos, fiquei em primeiro lugar e levei quatro prêmios para casa. Fui consagrada campeã absoluta. 

Eu não vivo do esporte. Em horário comercial, dou expediente em uma corretora de investimentos. Por lá, todo mundo sabe da minha vida de atleta bodybuilder. Não conseguiria nem disfarçar as cinco marmitas que levo diariamente para o escritório! E recebo muito apoio dos meus colegas. 

O fisiculturismo vai muito além de ganhar um troféu. Esse esporte me ensinou a dar o melhor de mim em tudo que me proponho a fazer, a ter disciplina em todos os aspectos da vida e nunca duvidar do meu potencial. Os resultados serão proporcionais ao tamanho do meu esforço.”

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