Fadiga muscular: o que é, como acontece e como evitar

Exagerar na dose ao treinar ou não respeitar os períodos de descanso pode ser muito prejudicial à musculatura

Por: Thais Szego

Quem pratica atividades físicas sabe que vira e mexe acaba sentindo uma dorzinha muscular, uma fadiga, provocada por uma resposta inflamatória local que o organismo dispara para recuperar a região trabalhada pelo exercício. 

Normalmente, cerca de 48 horas após o treino ela começa a diminuir até desaparecer. Mas, existem casos em que o desconforto é mais intenso e longo.

O que é fadiga muscular?

 A pessoa sente fraqueza e percebe que houve uma queda no rendimento durante a atividade física. Esses são sinais de que ela pode estar sofrendo com uma fadiga muscular. O quadro acontece quando a musculatura sofre sobrecarga ou um esforço excessivo. “Com isso, acontece uma redução na capacidade do sistema neuromuscular gerar força”, explica Valter Pessoa Grimaldi do Smart Fit Coach. 

Na verdade, a fadiga muscular funciona como uma proteção do corpo, já que quem está fatigado está muito próximo de um estado de exaustão e, se continuar fazendo esforço físico intenso, terá mais chance de ter uma lesão. Isso porque tem a capacidade de reconhecer a localização espacial do seu corpo e coordenação motora prejudicadas. Mas é importante deixar claro aqui que não é indicado chegar a esse ponto. Isso atrapalha a constância do treino, o problema pode se intensificar e, se o praticante não se cuidar adequadamente, pode ainda desencadear problemas mais graves.

Por muito tempo acreditava-se que esse estado era provocado pelo acúmulo de ácido lático, um produto do metabolismo celular da glicose liberado durante as atividades intensas, quando não há a disponibilidade suficiente de oxigênio para suprir a demanda dos músculos. Entretanto, estudos têm mostrado que essa substância acaba sendo eliminada em até 2 horas após a pessoa treinar. 

Quando a dor deve ser considerada anormal? 

Alguns sinais de que o indivíduo exagerou são dor que atrapalha ou até impede a realização das atividades do dia a dia e desconforto persistente por mais de sete dias. Alterações na urina e inchaço também servem de alerta, pois em casos mais graves pode haver comprometimento dos rins. Outro ponto a ser considerado é que a dor muscular pós-treino normalmente começa cerca de 24 horas após os esforços, atingindo seu pico em 36 horas. Já as lesões musculares levam a desconforto quase que imediatamente e demoram mais para melhorar. 

Para evitar a fadiga o ideal é não pegar pesado demais

Fazer intervalos para o corpo se recuperar entre o seu treino é o recomendado. 

“Vamos com calma! A academia não vai fugir, então deixe sempre um ou dois dias na semana para a musculatura se recuperar dos treinos”, orienta Grimaldi. “Ter uma alimentação equilibrada e fazer uso de alguns suplementos como multivitamínicos, whey e creatina podem ajudar a diminuir as chances do problema aparecer”, acrescenta. 

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