Parkinson e longevidade: como a atividade física pode beneficiar
A pesquisa foi conduzida na Coreia do Sul com mais de 10 mil pessoas
10/02/2022 ● Tempo de leitura: 2 mins
Por: Mirela Mazzola
O que é?
Segunda doença degenerativa mais comum entre idosos, atrás apenas da Doença de Alzheimer, o Parkinson atinge o sistema nervoso central de forma crônica e progressiva. Ela é causada pela degeneração de células responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor que carrega mensagens entre as células nervosas para a realização de movimentos voluntários de forma automática. A perda acelerada de dopamina leva aos tremores, sinal mais característico da doença, mas também à lentidão motora, ao desequilíbrio e à rigidez das articulações, entre outros sintomas. Ainda não se sabe a causa da doença, mas acredita-se que tanto fatores genéticos quanto ambientais estejam envolvidos.
Causas e tratamento
Embora o Parkinson ainda não tenha cura, existem medicamentos que repõem parte da dopamina que não está sendo produzida. O tratamento envolve ainda medidas não-farmacológicas, como o acompanhamento de fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista. Já se sabe, também, que a prática regular de atividade física melhora a qualidade de vida do paciente.
Exercícios e longevidade
Um estudo conduzido na Coreia do Sul com 10.699 portadores da doença maiores de 40 anos mostrou, ainda, que os exercícios físicos antes e depois do diagnóstico contribuem para a longevidade. Ou seja, o grupo dos fisicamente ativos apresentou uma taxa de mortalidade por qualquer causa menor que a dos sedentários. A pesquisa foi divulgada na publicação científica JAMA Neurology e durou entre 2010 e 2021.
Foram definidos três níveis de intensidade de exercício entre os indivíduos: leve (caminhada por mais de meia hora), moderado (andar rápido e jogar tênis, por exemplo) e alto (corrida, ciclismo etc.). Para ser considerado fisicamente ativo, o participante deveria praticar atividades de alta intensidade três ou mais vezes por semana ou de intensidade moderada pelo menos cinco vezes. Além da atividade física, a análise se baseou em variáveis como consumo de bebida alcoólica, Índice de Massa Corporal (IMC), taxa de colesterol e comorbidades.
Para todas as intensidades de exercícios, as pessoas consideradas fisicamente ativas tiveram uma taxa de mortalidade menor em comparação aos inativos. Aquelas que já eram fisicamente ativas e mantiveram a prática depois do diagnóstico apresentaram uma redução na taxa de mortalidade ainda mais significativa, de 50%.