Como sentir menos sono
Dormir bem é essencial para a qualidade de vida e um dia mais ativo e produtivo
28/01/2020 ● Tempo de leitura: 2 mins
Por: Thieny Molthini
Se você não abre mão dos treinos ou de uma alimentação equilibrada para manter a saúde em dia, o seu sono também deve ser uma de suas prioridades. Afinal, negligenciar o seu momento de descanso é abrir mão de um organismo equilibrado e saudável. Mas se a sonolência está demais, chegando a atrapalhar as funções do dia a dia, algo está errado.
“Além de ser importante para o descanso, o sono atua no sistema imunológico, na recuperação musculação e na consolidação da memória”, explica Aline Turbino, neurologista mestre em neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), de São Paulo.
Por que sentimos sono?
Para entender melhor, o sono é uma sensação fisiológica que acontece de acordo com um ciclo chamado sono-vigília. Esse ciclo é regulado de acordo com a exposição à luz e um hormônio chamado melatonina. Com a diminuição da luz, a produção de melatonina aumenta, induzindo ao sono. Por isso que a luz de tablets e celulares, por exemplo, interferem diretamente na qualidade do sono.
De acordo com Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), de São Paulo, o sono é responsável pelo equilíbrio hormonal, por isso ele é tão importante. “Quando dormimos, o cérebro faz uma faxina e descarta substâncias que podem ser tóxicas, como o amiloide, que em grande quantidade é uma das causas do Alzheimer, e memórias que não são mais úteis”, explica a especialista.
Por quanto tempo precisamos dormir?
O senso comum é que são necessárias oito horas de sono por noite, mas esse dado pode variar de acordo com a sua idade. Crianças, por exemplo, precisam dormir mais do que adultos (a recomendação do National Sleep Foundation é de 14 a 17 horas por noite para recém-nascidos até três meses e de 7 a 9 horas para adultos entre 26 e 64 anos).
Como sentir menos sono?
Se você quer energia para o seu dia, dormir bem é essencial. “Durante o sono a gente diminui os processos energéticos e, com isso, economiza energia para outras necessidades, tanto físicas quanto psicológicas, como concentração, memória, maior capacidade de verbalizar e produtividade”, pontua Maria Fernanda Barca.
Agora, se a sonolência vem após o almoço, fique de olho no seu prato. De acordo com Aline, essa sensação é reflexo do aumento do fluxo sanguíneo nos órgãos digestivos, que faz com que circulação cerebral fique menor. Então, se quer mais disposição no período da tarde, prefira refeições leves.
Caso você não faça atividade física, comece. A dica é da Associação Brasileira do Sono, que aconselha ainda que a última refeição seja feita até três horas antes de se deitar. Bebidas estimulantes – como café e chá verde – e substâncias com nicotina também não devem ser consumidas próximo à hora de dormir.
No entanto, há outras causas para o sono de má qualidade. Além de fatores como estresse e ansiedade, há questões como menopausa, bruxismo e hipotireoidismo que também podem atrapalhar a sua noite de descanso. Por isso, se nenhuma dessas dicas derem certo, procure um médico. Neurologistas, endócrinos ou especialistas do sono podem ajudar.