Smart Fit News
Smart Fit News » Saúde » Diabetes: o que é, tipos de diabetes e como prevenir

Diabetes: o que é, tipos de diabetes e como prevenir

Tudo o que você precisa saber sobre doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina

12/11/2020Tempo de leitura: 5 mins

Por: Maria Cecília Arra

diabetes o que é sintomas tratamento e prevenção (1)

Diabetes é mais um dos males crônicos que, quando não diagnosticados e tratados corretamente, deixam o caminho livre para complicações severas. A última edição do Atlas da Diabetes (2019/2020), publicação da Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima que quase 8% da população viva com a enfermidade hoje no Brasil – e é muita gente, mais de 16,8 milhões de adultos dos 20 aos 79 anos. Silenciosa, a doença só costuma dar as caras apresentando sintomas depois de bons anos de sedentarismo e alimentação desregrada. É possível que você ou alguém próximo tenha diabetes e nem imagine. A seguir, vamos explicar o porquê. 

O que é diabetes?

A chamada Diabetes Mellitus surge quando há alguma disfunção na produção de insulina, um hormônio com origem no pâncreas que é essencial para a produção de energia. “A insulina é, basicamente, a chave que abre a célula para a glicose entrar e virar energia”, explica o médico Josivan Gomes de Lima, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. A grosso modo, então, esse hormônio ajuda o açúcar a penetrar nas células para que o organismo continue funcionando.

Na analogia, o indivíduo com diabetes não tem essa chave. Ou até possui, mas ela não abre a célula.  “A doença é caracterizada pelo o aumento de glicose em circulação no sangue decorrente da insuficiência ou da má absorção da insulina”, explica o especialista.

Tipos de diabetes

Diabetes não é tudo igual, já que o desarranjo pode ter relação com a produção ineficiente ou com o mau uso de insulina pelo corpo. Por isso, os médicos classificam as variações de manifestação em tipos: diabetes 1, diabetes 2, pré-diabetes e diabetes gestacional

Diabetes tipo 1

Ocorre, geralmente, em crianças e adultos jovens. O diabetes tipo 1 surge devido a uma reação autoimune: o sistema imunológico passa a identificar e atacar as células produtoras de insulina do pâncreas. Como resultado, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina.

Não se sabe ao certo o motivo do desenvolvimento da doença, mas Federação Internacional de Diabetes atribui a ocorrência desse tipo de diabetes a uma combinação de condições genéticas e ambientais.

Entre os sintomas mais comuns, estão: sede anormal e boca seca, perda de peso repentina, vontade de fazer xixi a todo instante, falta de energia, cansaço, fome constante e visão embaçada. O tratamento requer injeções de insulina diárias e monitoramento dos níveis de açúcar no sangue.

Diabetes tipo 2

Esse é o tipo mais comum: o pâncreas até produz a insulina, mas o corpo não responde a ela – é a chamada resistência à insulina. Uma vez que o hormônio não funciona adequadamente, os níveis de glicose no sangue continuam altos, provocando a liberação de mais insulina. 

O diabetes tipo 2 está diretamente relacionado a histórico familiar, excesso de peso, má alimentação, sedentarismo e pressão alta. Embora seja mais frequente em adultos, a diabetes tipo 2 também atinge crianças e adolescentes, uma consequência direta da crescente onda de obesidade infantil

Pessoas com diabetes tipo 2, geralmente, têm bastante sede e vontade de urinar. Além de cansaço, cicatrização lenta, infecções recorrentes na pele e dormência nas mãos e nos pés. Controlar a doença, segundo os especialistas, é uma questão de mudança de estilo de vida – manter um cardápio saudável, praticar atividade física regularmente, cuidar do peso e não fumar.

Pré-diabetes

Acontece quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda é possível reverter a situação, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações.

Gestacional

Diabetes gestacional é o tipo temporário da doença que pode acontecer durante a gravidez, trazendo risco de complicações não só durante a gestação, como no parto. As taxas de açúcar no sangue da mãe ficam acima do considerado ideal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2

Riscos e agravantes do diabetes

Glicose correndo solta e em abundância pelo corpo (conhecida como hiperglicemia) é algo bastante perigoso, assim como o oposto – não ter açúcar disponível para as células (a hipoglicemia).  Quem tem diabetes e não o controla esses fatores está sujeito a essas condições, ambas potencialmente fatais. 

Além disso, o risco aumentado de doenças cardíacas também pede atenção, sobretudo em pessoas com diabetes tipo 2. “A gordura que se acumula na região do abdômen de pessoas com excesso de peso [fator de risco para diabetes tipo 2] produz substâncias que fazem com que as células fiquem resistentes à ação da insulina, aumentando a pressão, o colesterol e facilitando a formação de trombos [coágulos de sangue de podem obstruir a veia]. Todo esse quadro termina predispondo o paciente à doença cardiovascular”, alerta Josivan Gomes de Lima.

Então, como prevenir a doença?

Atualmente, não existe intervenção eficaz e segura para prevenir o diabetes tipo 1. Na verdade, os gatilhos para o desenvolvimento dessa doença autoimune ainda não são amplamente conhecidos pela medicina. No entanto, o diabetes tipo 2 e o pré-diabetes estão relacionados ao estilo de vida. Por isso, manter-se no peso ideal é a melhor maneira de evitá-los. Para não desenvolver a doença na gravidez, estabelecer uma dieta equilibrada e realizar exames de pré-natal é de extrema importância.

Como manter o peso ideal?

A formula para manter-se no peso ideal e ter mais saúde você já conhece: boa alimentação e exercício físico.

Além de melhorar no controle de peso, esses hábitos ainda têm efeito direto na prevenção do diabetes.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, praticar atividade física regularmente é essencial para ajudar a manter os níveis de glicose no sangue sob controle. Se o treino tiver uma combinação de exercícios aeróbicos (como a corrida) e de resistência, o resultado é ainda melhor.

Além disso, uma pesquisa publicada pela American Diabetes Association realizada com indivíduos com pré-diabetes mostrou que a intervenção com exercícios isoladamente reduziu em 46% o risco de diabetes tipo 2. Enquanto a mudança do cardápio, por si só, foi associada a uma redução de 31% do risco.

Mais dicas de alimentação

Quero conhecer a Smart Fit!

Leia Mais

Este site utiliza cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Consulte nossa política de privacidade.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close