O que é sedentarismo?
Entenda o que significa ser sedentário e as consequências disso para a sua saúde
27/01/2021 ● Tempo de leitura: 3 mins
Por: Karen Carneti
É grande a chance de você já ter dito ou, ao menos, ouvido a frase: “Preciso começar a fazer exercício”. A bem da verdade, é que sim, se não pratica nenhuma atividade física além do revezamento cama-sofá, você deve começar. Mas, vamos voltar algumas casas nesse tabuleiro e falar sobre saúde: você sabe o que é sedentarismo e as consequências dele para o seu corpo? Fomos atrás das respostas.
Será que você sabe o que é sedentarismo?
Aos números: a Organização Mundial da Saúde recomenda que adultos façam de 150 a 300 minutos por semana de atividade física moderada ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, quando não houver contraindicação. Parece muito? Não é: podemos incluir na soma qualquer movimentação do dia a dia que resulte em estímulo dos músculos e gasto energético – subir escadas e varrer a casa, por exemplo. Ficar abaixo desses índices configuraria o que os especialistas chamam de “comportamento sedentário”.
Médicos pesquisadores do Colégio Americano de Medicina do Esporte vão na mesma linha e definem o sedentarismo como “a prática de atividades físicas leves durante menos do que 150 minutos por semana” para a população entre 18 e 60 anos, em um estudo revisando orientações sobre o assunto.
O que seu corpo está dizendo
Caso queira saber se está levando uma vida sedentária, é preciso aprender a ouvir o que seu corpo diz. “Os primeiros sinais de sedentarismo observados são o aumento do peso corporal, a diminuição na capacidade cardiorrespiratória – ou seja, ficar cansado mesmo que com pequenos esforços, como subir poucos degraus de uma escada – e a diminuição da massa muscular. Em situações mais avançadas, há de se ressaltar o aumento do colesterol, quadros de hipertensão arterial e aparecimento de problemas cardíacos”, explica Thiago Nascimento da Silva Cesar, Fisiologista do Exercício pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O que favorece o sedentarismo?
Era de se esperar: hábitos modernos têm sua culpa. Imagine como o uso prolongado de computador, celular e TV, a facilidade do delivery, pegar o carro mesmo para pequenas distâncias, contribuem para que a carga de atividade física do dia a dia diminua cada vez mais.
As consequências do sedentarismo
As consequências do sedentarismo influenciam diretamente a saúde e bem-estar. “As doenças cardiovasculares são a complicação mais frequente e temida pelo estilo de vida sedentário, que predispõe a fatores de risco para complicações graves, como o infarto do miocárdio, arritmias e insuficiência cardíaca”, como explica o Nilton Carneiro, cardiologista, arritmologista e coordenador médico do Setor de Diagnóstico Cardiológico do Hospital Santa Catarina (SP).
Além disso, os efeitos nocivos da inatividade física também afetam ossos, tendões e órgãos como pulmão e cérebro. “Uma pessoa sedentária tem 50% mais chances de sofrer um AVC”, afirma Thiago. Quando perguntado sobre quem deve se preocupar, ele esclarece que todos devem reconhecer os malefícios causados pelo estilo de vida sedentário, porém, portadores de doenças crônicas — como hipertensão e diabetes —, idosos e mulheres devem se preocupar ainda mais com os efeitos adversos causados pela inatividade física, já que correm mais riscos de desenvolver complicações.
Como evitar o sedentarismo?
Se você quer viver uma vida mais saudável e livre das consequências do sedentarismo, já sabe que é essencial se exercitar. Como começar?
“Com a mudança de pequenos hábitos, como utilizar escada em vez de elevadores, ir a pé em trajetos pequenos, usar bicicleta como meio de transporte, não ficar por mais de quatro horas sentado, ficar pelo menos 10 minutos em pé a cada uma hora sentado e começar a praticar pelo menos 150 minutos de atividades leves/moderadas por semana”, diz Gisele Santos, profissional de educação física e professora da Smart Fit.
Não existe um tipo certo de atividade física indicada para quem decidiu deixar de ser sedentário. Porém, em um primeiro momento, priorize exercícios leves, para que seu corpo se adapte aos novos estímulos e, também, para reduzir o risco de alguma lesão.
“É necessário encontrar uma atividade física com a qual se identifique e goste, para poder manter a regularidade e a constância, criar uma rotina, determinar quantas vezes vai poder e conseguir fazer na semana e saber respeitar os limites do seu corpo”, finaliza a professora. Leia mais em: Como evitar o sedentarismo.
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